quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Nada



Sei,
sem no entanto me despedaçar,
que de tua alegria
não concorri com nada além
do que um amor desmesurado,
espraiado,
amor que percorreu quilômetros
e pernas abertas
e não silenciou um só instante.
Quando cansado, redivivo em teu sorriso,
seguiu vivendo, jovem
como a ternura cotidiana.

Sei
que fui nada da tua euforia,
nulo em tua felicidade,
o todo de tua desilusão.

Troca justa, de fato,
e, pés descalços
em dança cativa,
assim viver.

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