quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Por fim



Pra você
que consumiu meu amor
em seu fel,
não vou esbravejar vinganças,
tampouco vou clamar
voltas tão tristes.

Porque depois de tanto gozar
e fazer gozar,
dormir de mãos dadas
ou levantar-se, vestir-se
de roupas e das ruas,
em certos casos,
não se nota a diferença.

Provando que não te levo
mais no sexo
e sim na memória barata,
te escrevo este poema
recordando os sabores
das três mulheres da semana passada
nas quais te busquei
pela última vez.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Nada



Sei,
sem no entanto me despedaçar,
que de tua alegria
não concorri com nada além
do que um amor desmesurado,
espraiado,
amor que percorreu quilômetros
e pernas abertas
e não silenciou um só instante.
Quando cansado, redivivo em teu sorriso,
seguiu vivendo, jovem
como a ternura cotidiana.

Sei
que fui nada da tua euforia,
nulo em tua felicidade,
o todo de tua desilusão.

Troca justa, de fato,
e, pés descalços
em dança cativa,
assim viver.