quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Penitência

Cansei de te ver sorrindo desse jeito,
Querendo derramar sobre meu peito
O copo da ingratidão.
Tu já não pensas direito,
Não tiraste proveito
De minha terna paixão.
Tornei-me perfeito
Em cima dos teus defeitos;
Minhas lágrimas inundaram este chão.
Homicida de um amor,
Provocaste a dor,
Não me poupaste da solidão.
Resta aqui um mundo sem cor,
Um pobre trovador
Das quimeras alheias.
Sou mais amor do que sangue;
Corre emoção em minhas veias.

Deixe-me aqui, sozinho em meus devaneios.
Choras agora que vês que o mundo é feio
E que liberdade é a mais sublime utopia!